1929 – Um empreendimento foi iniciado numa região chamada Patrimônio Três Bocas, hoje Londrina. A partir da chegada da primeira caravana da Companhia de Terras do Norte do Paraná, foi dinamizada a ocupação de terras quase inteiramente cobertas por florestas, habitadas por indígenas e por alguns colonos. “Animais de carga” e homens, primeiramente. Logo em seguida, veículos motorizados e famílias inteiras atravessaram o rio Tibagi e se instalaram aqui na região. Nesta mostra, queremos apresentar um olhar sobre este contexto: o de um jovem que participou da primeira caravana, liderou-a, sendo um efetivo participante da construção da nova comunidade – George Craig Smith. Através de sua câmera, sempre a tiracolo, Smith capturou cenas e personagens selecionados por um olhar que, a todo momento, registrava o confronto entre uma vida urbana e social e a rusticidade de um espaço a ser domesticado. Imponentes florestas a serem derrubadas, animais a serem dominados em meio a vestes imaculadamente brancas... tudo num esforço para imprimir a urbanidade na rusticidade da vida no “meio do mato”. Assuntos e situações corriqueiras... O infortúnio de um atoleiro, as risadas das mocinhas com suas luvinhas brancas, um mergulho no rio, trabalhadores, compradores de terras... Os momentos congelados nos possibilitam observar gestos, feições e, assim, sentimo-nos mais íntimos de tempos que não podem ser reconstituídos, pois que deles temos somente fragmentos, registros furtivos, mas a partir dos quais nos reconhecemos e estranhamos. E, entre afirmação e negação, vamos construindo nossa identidade. Londrina tem o privilégio que poucas cidades possuem: o de conhecer seus primeiros passos e acompanhar sua trajetória. Aqui temos a satisfação de apresentar um dos seus primeiros testemunhos, O OLHAR DE GEORGE CRAIG SMITH
POESIA
Não havia limite
Para George Craig Smith.
Com o teodolito aplumado
como uma sina
Na direção de Londrina,
Sempre entusiasmado
Em 1929 aqui chegou
E para sempre ficou.
EM 10/12/2000
JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA
É ÓTMO VER ESTE TIPO DE HISTÓRIA DE UMA CIDADE, DATADA DE SUA INICIAL FUNDAÇÃO, EU VIVI EM MARINGÁ NOS ANOS 50 NA MINHA INFÂNCIA E JUVENTUDE, É SALUTAR LER ESTAS HISTÓRIAS......
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