FOLHA DE LONDRINA
19/09/2013
Entre a memória e o futuro
Museu Histórico completa 43 anos de preservação da identidade de Londrina; por ano, recebe 35 mil visitantes, principalmente estudantes
O prédio onde funciona o museu abrigava a antiga Estação Ferroviária de Londrina
Londrina - O Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss se encontra em meio aos ruídos do centro da cidade, mas pode ser definido como um lugar de refúgio, onde o passeio é garantido com uma viagem pela história. Logo na entrada, essa sensação é ampliada pelo grande jardim e, por incrível que pareça, pelo silêncio que paira no ar.
Ontem de manhã, quem passou pelas redondezas pôde ver uma comemoração com direito a apresentação de um coral feminino e homenagens em forma de discurso de representantes e coordenadores do Museu, que completou ontem 43 anos de história.
"Estamos celebrando o esforço de muitas pessoas para a conservação da memória, pesquisa e identidade de Londrina. Houve um grande empenho há 43 anos e hoje é dia de celebrar e pensar no futuro", diz a diretora Regina Célia Alegro.
Aos olhos de quem frequenta o Museu desde a sua fundação, o local merece "assim como tudo na vida, aprimoramento e conservação. O futuro do Museu é que ele seja cada vez mais divulgado, frequentado e utilizado", comenta a pioneira Amélia Tosetti Nogueira, de 80 anos, que trabalha como voluntária há um ano, realizando entrevistas com outros pioneiros para o acervo do Museu.
Já na visão de quem descobre o lugar pela primeira vez, a riqueza de detalhes e o conteúdo histórico são surpresas impressionantes. "Eu achava que um museu tinha só quadros e explicações. Hoje eu vi que é tudo bem diferente, cheio de objetos, decorações e é melhor do que qualquer aula. Deu para acompanhar um pouco sobre a vida dos índios e até interagir. A moça explica certinho", observa Lyan Hebert Vilas Boas, de 11 anos.
Ele estava acompanhado de outros 29 alunos do Colégio Estadual Comendador Geremias Lunardelli e da Escola Municipal Manoel José Lopes, ambas de Grandes Rios (Vale do Ivaí). Estudantes do Ensino Médio do Colégio Sesi de Cianorte (Noroeste) também estavam visitando o Museu como complemento do estudo sobre a colonização do norte paranaense.
"Eu nunca tinha ido a um Museu e achei muito interessante. Encontrei aqui objetos como moedores de café e outros utensílios que eu já tinha visto no sítio dos meus avós", afirma o aluno Mateus Henrique Lino da Silva, de 18 anos.
Em comemoração aos 43 anos do Museu ontem foram abertas a exposição "Viva a Primavera" com origamis de Elza Guazi e o Circuito a Céu Aberto: o jardim do Museu Histórico, sob a coordenação da professora Ana Odete Santos Vieira.
Micaela Orikasa
Reportagem Local
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