quinta-feira, 25 de julho de 2013

LONDRINA E O TREM ( TRENS ) - FOTOS ANTIGAS 1930 a 1960

LONDRINAHISTORICA - 

O pátio da antiga estação ferroviária de Londrina

A primeira estação ferroviária de Londrina foi inaugurada em 28 de julho de 1935, mas foi demolida nos anos 40, para a construção de uma nova, muito maior.


A primeira estação ferroviária de Londrina, em 1935 (foto de Francisco Pereira Lopes)
A primitiva estação de Londrina era construída toda em madeira. Um pequeno armazém de cargas, em alvenaria, foi adicionado ao lado à estação.
A via férrea chegando a Londrina, em 1935 (foto: José Juliani)

Aos poucos, foram acrescentados ao local moradias para os empregados da ferrovia, a maioria construída em madeira. Ao lado da via férrea, acumulava-se grande quantidade de lenha, para alimentar as fornalhas das locomotivas a vapor.

Rua Heimtal, onde começava o pátio da SPP (foto de Hans Kopf, 1937)
O pátio ferroviário de Londrina, no seu início, 1937 (foto de Hans Kopf)
As linhas de desvio foram sendo acrescentadas aos poucos, à medida que a cidade crescia e o tráfego aumentava. O armazém foi bastante ampliado nos anos seguintes.
Pátio em 1939 (foto de Carlos Stenders - acervo do Museu Histórico de Londrina)
Em 1939, várias casas de ferroviários e desvios já tinham sido construídos na capoeira, que cresceu no pátio com a derrubada da mata.
A estação de Londrina em construção, 1949 (foto: IBGE)
Logo após a Segunda Guerra Mundial, a Ferrovia São Paulo-Paraná já tinha sido incorporada à Rede Viação Paraná-Santa Catarina (RVPSC), uma empresa estatal. Foi iniciada a construção de uma nova estação. Os passageiros embarcavam e desembarcavam no armazém de cargas, que foi adaptado como estação provisória.
Estação de Londrina nos anos 50 (foto: Carlos Stenders)
Na foto acima, pode-se ver a estação já totalmente operacional, nos anos 50.
Vista panorâmica de Londrina em 1951, com o pátio ferroviário em primeiro plano
Na foto panorâmica acima, a estação e o pátio ferroviário estão em primeiro plano. Pode notar o grande crescimento ocorrido em pouco menos de 15 desde a inauguração da primeira estação, em 1935.

Pátio da indústria Anderson & Clayton e o virador de locomotivas, à direita (foto de Yutaka Yasunaka)
O pátio de Londrina não possuía virador de trens e nem rotunda. As locomotivas viravam em um triângulo que pode ser visto à direita da foto acima, e que também servia de acesso à empresa madeireira SIAM. Tal triângulo ficava no local onde hoje passa a Avenida 10 de Dezembro.
Pátio da estação, no início dos anos 50 (foto de Francisco Pereira Lopes)






O pátio bastante ativo, em março de 1964 (foto de Oswaldo Leite - acervo Museu Histórico de Londrina)
O pátio ferroviário interrompia todas as ruas entre as Ruas Duque de Caxias/Marechal Deodoro, e Guaporé/Pernambuco. As passagens de nível dessas ruas costumavam ser fechadas para a passagem e manobra dos trens. Isso isolou, de certa forma, a área urbana abaixo da linha férrea, que se desenvolveu bem menos que a vizinha área central da cidade.
Foto aérea nos anos 50 (foto de Yutaka Yasunaka)
O grande número de vagões mostra o grande crescimento econômico da cidade, nos anos 50.
Vista aérea do pátio nos anos 50 (foto de Yutaka Yasunaka)
Duas ruas, que nunca tiveram um nome, davam acesso à estação e ao armazém, ao sul, logo abaixo da Rua Benjamim Constant, e diretamente aos vagões, ao norte, paralelamente à Rua Acre, como se pode ver nas fotos aéreas acima.
O pátio pouco antes de ser desativado, janeiro de 1981 (foto: Folha de Londrina - acervo do Museu Histórico de Londrina)
Em março de 1981, os trens de passageiros deixaram de circular, e o pátio, a partir daí, sobreviveu apenas mais um ano, pois a linha férrea no centro foi substituída por uma variante que passa na zona norte da cidade. A maior parte do antigo leito é ocupada hoje pelas avenidas Jacob Bartolomeu Minatti e Arcebispo Dom Geraldo Fernandes, conhecidas popularmente como Avenida Leste-Oeste.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

PRIMEIROS ANOS DE LONDRINA NÃO FORAM FÁCEIS

LONDRINAHISTORICA.BLOGSPOT.COM

Quando não era a lama, era o pó...

A famosa terra vermelha que atraiu os primeiros agricultores para o Norte do Paraná é uma das mais férteis do mundo. Entretanto, essa mesma terra vermelha criou alguns dos piores tormentos para os colonizadores.
A terra vermelha, também chamada de "terra roxa" graças aos imigrantes italianos que trabalhavam na lavoura de café, que a denominavam como "terra rossa", é resultado da decomposição de lavas vulcânicas, particularmente do basalto.  Essas lavas se originaram do Derrame de Trapp, talvez o maior derrame de lava conhecido pelo homem, e que ocorreu na Era Mesozóica,  entre 251 e 66 milhões de anos atrás, a era dos dinossauros.
Para os colonizadores, a fertilidade da terra teve um preço: quando Londrina não tinha lama, tinha pó. A terra vermelha seca gera um pó finíssimo, altamente penetrante e que pode ficar suspenso no ar por horas. Por outro lado, quando molhada, gera uma lama altamente aderente e escorregadia.
Devido à presença da mata fechada, a cidade de Londrina tinha um clima muito mais úmido que o atual, e as chuvas eram muito mais frequentes do que hoje. As chuvas transformavam qualquer estrada ou rua em inacreditáveis atoleiros, e mesmo trechos curtos de viagem, como, por exemplo, entre Londrina e Jataí (foto abaixo), podiam levar horas, talvez mesmo um dia inteiro de viagem.
 
Por outro lado, nos curtos períodos de seca, era o pó que infernizava a vida da população, tanto rural quanto urbana. Londrina só começou a ter ruas pavimentadas no final de 1942 (na foto abaixo, a Avenida São Paulo sendo pavimentada) e, mesmo assim, somente as ruas do centro tinham tal pavimentação. 
 
Todas as áreas ao redor do centro continuaram a sofrer com a lama e o pó até a década de 60, quando o Prefeito José Hosken de Novaes providenciou o asfaltamento da maior parte da malha urbana então existente.
Naqueles tempos do pó e da lama, um acessório indispensável era o raspador de barro, instalado na entrada de todas as casas, prédios públicos e lojas. Os ferreiros fabricavam e vendiam modelos em ferro fundido, alguns bem elaborados, com apoio para as mãos, mas muitas vezes tal acessório era improvisado com pedaços de lata e madeira.
O raspador de barro foi apelidado no Norte do Paraná como "chora-paulista". Os paulistas que emigraram para a região, vindos das decadentes fazendas de café paulistas, instaladas em terreno branco e arenoso, sofreram muito com a terra vermelha que aderia aos calçados, criando uma crosta espessa e pesada que quase os impedia de andar, e isso deu nome ao acessório.
Na época do pó, as maiores sofredoras eram as donas de casa. Qualquer trabalho de limpeza das casas e da roupa era arruinado pela poeira muito fina e altamente penetrante, dando a tudo, inclusive às pessoas, uma característica cor avermelhada.

A poeira permanecia no ar por tanto tempo que servia de referência para os pilotos de avião que vinham para a cidade. A poeira levantada pelas hélices no antigo campo de aviação (na foto abaixo, de José Juliani, a "Aviação Velha") sinalizava o aeroporto para os pilotos a uma distancia de quase 50 Km.
As cidades, em geral, tinham sempre um aspecto avermelhado e sujo para quem vinha de fora, como se pode ver na foto abaixo, com as ruas vermelhas em pleno centro da cidade, na década de 60.
A Prefeitura de Londrina, assim como as prefeituras de todas as cidades da região, operavam um tipo de veículo indispensável, o caminhão "aguador". Eram caminhões-pipa, como o da foto abaixo, equipados com pulverizadores, que lançavam água sobre as ruas para tentar "apagar" a poeira.
Nos dias de chuva, era comum os homens se reunirem nos bares que ficavam logo acima da estação ferroviária, para assistirem e zombarem dos tombos que os recém-chegados levavam na lama, ao subir a íngreme ladeira que separava a estação do espigão no centro da cidade.
A pavimentação em asfalto acabou livrando Londrina do aspecto avermelhado, aos poucos, mas até hoje os moradores da região se autodenominam, orgulhosamente, de "Pés Vermelhos", em homenagem à essa terra que fez a riqueza do Norte do Paraná.

VÍDEO LONDRINA e o NORTE do PARANÁ em FOTOS by FARINA


terça-feira, 23 de julho de 2013

FOTOS ANTIGAS E HISTÓRICAS DE LONDRINA

BLOG DO JOSÉ ORGUIZA

Prefeitura antiga em construção. Ficava na esquina da rua Minas Gerais
com a rua Santa Catarina, onde hoje fica o Bradesco.
Prefeitura antiga em construção. Ficava na esquina da rua Minas Gerais com a rua Santa Catarina, onde hoje fica o Bradesco.

Catedral antiga de Londrina. Ficava
no mesmo local em que está a Catedral atual.

Catedral antiga de Londrina. Ficava no mesmo local em que está a Catedral atual.

FOTOS MARAVILHOSAS DE LONDRINA E DO NORTE DO PARANÁ ANTIGAS By FARINA

PESQUISA DE JOSÉ CARLOS FARINA / COLABORAÇÃO -  PROFESSOR FELIPE - JOSÉ JULIANI -
HANS KOPP - YUTAKA - ABÍLIO MEDEIROS, JOSÉ ORGUIZA  e MUSEU HISTÓRICO DE LONDRINA

















INAUGURAÇÃO DA FERROVIA EM 1936











CENTRO DE LONDRINA - 1930











CENTR0 - 1930

















CONSTRUÇÃO DA PONTE SOBRE O RIO TIBAGI - 1935












1936 -  INAUG. CASAS FUGANTI











1930 - CASAS DO CENTRO DA CIDADE











DÉCADA DE 30 - AV. PARANÁ DEPOIS DE UMA CHUVA












LONDRINA - 1936











1930 - 1º ESTABEL. COMERCIAL












WILIE DAVIDS E O 1º GADO - 1930

















GEORG CRAIG SMITH - CHEGOU COM A 1ª CARAVANA

















JOSÉ JULIANI - O 1º FOTÓGRAFO













DEMOLIÇÃO EM 1960 DA CATEDRAL DE 1930












1ª PREFEITURA - 1936











DÉCADA DE 30 - AV. RIO DE JANEIRO

















POSSE DO 1º PREF. WILIE DAVIDS E VEREADORES










29/07/1935 - 1º TREM












DÉCADA DE 30 - AV. PARANÁ COM RIO DE JANEIRO












DÉCADA DE 30 - CAIXA D´ÁGUA DO CENTRO












1934 - AV. SÃO PAULO - RES. DE ARTHUR  THOMAS













1933 - CASA DE ANGELO VICENTINI












1930 - BARRAGEM DO CAMBEZINHO - P/GERAR ENERGIA ELÉTRICA












CASA DA USINA HIDRELÉTRICA - 40 HP - DÉCADA DE 30













1930 - CELSO  GARCIA E SUA CATITA

















1930 - PLAINA PARA ABRIR ESTRADAS E RUAS










VENDA DE SECOS E MOLHADOS NO CENTRO - 1930











HOTEL LUXEMBURGO - DÉCADA DE 30












1ª CASA DE TIJOLOS 1936 - LARIONOFF













FLORESTA DE PINHEIROS - ATUAL JD. LONDRILAR












1º HOSPITAL - 1935

















AV. PARANÁ EM 1933











COMERCIO  DE DEQUECH AV. DUQUE DE CAXIAS











1ª IGREJA - 1930












LONDRINA 1937













TROPEIROS 1930












RES. DE ALEXANDRE RASGULAFF












TODOS OS CARROS - 1937












CAMINHÕES NA DÉCADA DE 30












DECADA DE 30 - PEROBAS DO CENTRO











1941 - FERROVIÁRIA - VISITA DO INTERV. MAN. RIBAS












FIGUEIRA DO CENTRO DA CIDADE - DÉCADA DE 30










VISITA DE EURICO GASPAR DUTRA












ESCOLA JAPONESA












INAUG. COL. LONDRINENSE - 1940











PIONEIROS CHEGANDO EM 1932












DESFILA NA AV. PARANA´- 1940












VISITA DO PRES. EURICO DUTRA 1948












INAUG. AGENCIA  FORD 1936













INICIO DAS OBRAS COLEGIO HUGO SIMAS











CASA NO CENTRO DA CIDADE












DÉCADA DE 30 - CRIANÇAS BRINCAM NO BOSQUE

















FAZENDA DO BULLET











CASA DE DAVID DEQUECH












INAUGURAÇÃO DA LUZ ELETRICA 1938











LONDRINA 1932 POR HANS KOPP











LONDRINA 1934 - P0R HANS KOPP












LONDRINA 1934 - POR HANS KOPP













LONDRINA 1931
JOSÉ CARLOS FARINA












DÉCADA DE 60












LONDRINA - 1940

















LONDRINA - DÉCADA DE 50 - A MAIORIA
DOS MENINOS VESTIAM-SE ASSIM












LONDRINA - DÉCADA DE 50












LONDRINA - DÉCADA DE 50








































DÉCADA DE 50


Catedral antiga de Londrina. Ficava
no mesmo local em que está a Catedral atual.
CATEDRAL ANOS 50
RODOVIÁRIA ANOS 50
ANOS 50
MARIA FUMAÇA ATRAVESSANDO O TIBAGI - DÉCADA DE 30
DÉCADA DE 50

1960




A Avenida Rio de Janeiro, esquina com a Rua Sergipe. O calçamento em paralelepípedos era típico da época, e ainda subsiste, em muitos pontos, recoberto pelo asfalto.



Rua Minas Gerais, em frente à Associação Comercial e Industrial de Londrina
(foto abaixo, de Yutaka Yasunaga - acervo do Foto Estrela).

Foto: Yutaka Yasunaka


ANOS 60


17.


18.
ão
Reprodução

1941






















































 veículo a popular apelidado  de "balaio das putas".  Na época das grandes fortunas do café, o apelido das charretes se estendeu ao aviões que traziam novas "meninas" de São Paulo para Londrina, "encomendadas" pelos novos ricos da cidade.



ANOS 50












ANOS 50






















































JULHO DE 1975



















JOSÉ C. FARINA - ROLÂNDIA - PR.