domingo, 29 de março de 2015
sábado, 28 de março de 2015
quarta-feira, 25 de março de 2015
sábado, 21 de março de 2015
MAIORIA DOS IMIGRANTES VIVERAM NA SEMI-ESCRAVIDÃO
Imigração Italiana - A viagem de navio
Depois de decidirem imigrar para o Brasil, quase sempre após terem sido
persuadidos pelos agentes e subagentes de imigração, a próxima etapa era
a viagem migratória. O primeiro desafio era chegar até o porto de
embarque. No caso do Norte, era o porto de Gênova e, no Sul, o porto de
Nápoles. A ida até o porto, que às vezes era feita a pé, inclusive no
inverno, envolvia aldeias inteiras. Antes de partir, vendiam os poucos
bens que possuíam. Frequentemente chegavam ao porto vários dias antes do
embarque, por má-fé dos agentes, mancomunados com taberneiros e
estalajadeiros, que tratavam de abusar dos preços.
FOME NO NAVIO
Uma vez dentro do navio, os imigrantes tinham que enfrentar uma viagem naval terrível, com duração entre 21-30 dias, amontoados no navio como passageiros de terceira classe. Não eram raros os envenenamentos por comida estragada, mortes por epidemias e ondas de furtos. Em 1888, em dois navios que transportavam imigrantes para o Brasil, o Matteo Bruzzo e o Carlo Raggio, 52 pessoas morreram de fome e, em 1899, no Frisna, 24 morreram por asfixia.
Uma vez dentro do navio, os imigrantes tinham que enfrentar uma viagem naval terrível, com duração entre 21-30 dias, amontoados no navio como passageiros de terceira classe. Não eram raros os envenenamentos por comida estragada, mortes por epidemias e ondas de furtos. Em 1888, em dois navios que transportavam imigrantes para o Brasil, o Matteo Bruzzo e o Carlo Raggio, 52 pessoas morreram de fome e, em 1899, no Frisna, 24 morreram por asfixia.
Ao chegarem ao porto brasileiro, se encantavam com o verde intenso da natureza exuberante do país e estranhavam os homens e mulheres de pele escura que perambulavam pelo porto, os quais os italianos nunca tinham visto em seu país de origem. Encaminhados para as fazendas, muitos imigrantes tiveram que enfrentar uma vida de semi-escravidão nas plantações de café, bem diferente dos relatos de paraíso vendido pelos agentes que os persuadiram a abandonar a Itália. Em consequência, um número elevado de imigrantes retornou para a Itália ou re-emigrou para outros países. Entre 1882 e 1914, entraram no estado de São Paulo 1.553.000 imigrantes e saíram 695.000, ou seja, 45% do total. Entre aqueles que voltaram para a Itália, ficaram na lembrança histórias trágicas que ainda hoje permanecem na memória dos filhos e netos desses imigrantes retornados. Mas também ficou na lembrança memórias positivas do Brasil, das plantações de café, das frutas tropicais que nunca mais iriam provar e, de certo modo, um agradecimento à terra que os havia permitido viver por algum tempo. Já aqueles que permaneceram no Brasil e ali reconstruíram suas vidas, influenciaram na formação dessa nação em diversos aspectos e contribuíram para o desenvolvimento do país social e economicamente.
BRASIL PAGAVA AS PASSAGENS DO IIMIGRANTES NO NAVIO (IMIGRAÇÃO ITALIANA)
WHIKIPEDIA
A imigração italiana no Brasil foi intensa, tendo como ápice o
período entre os anos de 1880 e 1930. A maior parte dela se concentrou
no estado de São Paulo.7
Os italianos começaram a imigrar em número significativo para o Brasil a
partir da década de 1870. Foram impulsionados pelas transformações
socioeconômicas em curso no Norte da península itálica,
que afetaram sobretudo a propriedade da terra. Um aspecto peculiar à
imigração em massa italiana é que ela começou a ocorrer pouco após a unificação da Itália (1861), razão pela qual uma identidade nacional desses imigrantes se forjou, em grande medida, no Brasil.7
O século XIX foi marcado por uma intensa expulsão demográfica na Europa. O alto crescimento da população, ao lado do acelerado processo de industrialização,
afetaram diretamente as oportunidades de emprego naquele continente.
Estima-se que, entre 1870 e 1970, em torno de 28 milhões de italianos
emigraram (aproximadamente a metade da população da Itália). Entre os
destinos principais estavam diversos países da Europa, América do Norte e América do Sul.8
Não apenas a população da Itália, mas de toda a Europa de um modo geral estava afundada na miséria no século XIX. A transição entre um modelo de produção feudal para um sistema capitalista afetou diretamente as condições sociais no continente europeu.9
As terras ficaram concentradas nas mãos de poucos proprietários, havia
altas taxas de impostos sobre a propriedade, fazendo o pequeno
proprietário se endividar com empréstimos. Havia a concorrência desigual
com as grandes propriedades rurais, que fazia o preço dos produtos do
pequeno proprietário ficarem muito baixos, empurrando essa mão-de-obra
para as indústrias nascentes, que não conseguiam absorver essa massa de
trabalhadores, saturando as cidades com desempregados. A medida que a
disputa pelos mercados consumidores se acirrou, a concentração de terras
nas mãos de poucos se agravou. Assim, milhões de camponeses, que antes
eram pequenos proprietários rurais, desceram à condição de trabalhadores
braçais (bracciante) nas grandes propriedades rurais. Mesmo
aqueles que continuaram na condição de pequenos proprietários não
conseguiam mais tirar seu sustento da terra. Isto porque as terras eram
normalmente adquiridas por herança, e o filho mais velho adquiria a
propriedade após a morte do pai, enquanto os outros filhos eram
excluídos. Mesmo quando as terras eram divididas entre os filhos, o
fracionamento acarretava no recebimento de um pedaço de terra muito
pequeno, tornando impossível dali extrair o sustento.9
No século XIX, a população europeia cresceu duas vezes e meia, agravando ainda mais os problemas sociais naquele continente. Ao retratar o Vêneto
oitocentista, região italiana de onde veio 30% dos imigrantes italianos
no Brasil, o historiador Emilio Franzina escreveu que "podia-se morrer
de inanição e que a única alimentação da classe rural não passava de
polenta, uma vez que a carne de vaca era um mito e o pão de farinha de
trigo inacessível pelo seu alto preço". Em outras regiões da Itália e em
outros países europeus a situação não era diferente: a fome e a miséria
assolavam a Europa. O camponês europeu nutria grande amor pelo seu
pedaço de terra e toda a sua existência girava em torno da manutenção da
sua propriedade. O seu mundo não ia além da comunidade a qual pertencia
e seu ideal econômico era a auto suficiência. O continente americano
aparece, nesse contexto, como um destino sonhado por milhões de
europeus, que imigravam com a promessa de se tornarem grandes
proprietários agrícolas.9
Foi assim que milhões de camponeses europeus, que não conheciam nada
além do seu vilarejo de origem, tornaram-se emigrantes. Primeiramente,
buscaram trabalho nas cidades. Em seguida, nos países vizinhos, numa
migração sazonal quando a demanda por mão-de-obra aumentava, como em
época de colheitas. Depois, regressavam para casa. Quando essas
alternativas já não surtiam mais efeito, buscaram a emigração
transoceânica, sobretudo para os países das Américas. Estados Unidos, Canadá e Argentina
eram países que tinham a capacidade de atrair grande número de
imigrantes espontâneos. O Brasil, por sua vez, teve que apelar para uma
migração subvencionada, na qual o próprio governo brasileiro pagava a
passagem dos imigrantes.9 Do fim das Guerras Napoleônicas até a década de 1930, 60 milhões de europeus emigraram. Destes, 71% foram para a América do Norte, 21% para a América Latina (sobretudo Argentina e Brasil) e 7% para a Austrália.
Nota-se que a nacionalidade que mais imigrou para a América Latina foi a
italiana, superando os espanhóis e os portugueses. Dos 11 milhões de
imigrantes que foram para a América Latina, 38% eram italianos, 28% eram
espanhóis e 11% eram portugueses.10
quarta-feira, 18 de março de 2015
LONDRINA- PRIMEIRO MATADOURO DE LONDRINA-
quinta-feira, 12 de março de 2015
GEORG CRAIG SMITH, LUIZ JULIANI, HARUO OHARA E AMIGOS DE LONDRINA ( PIONEIROS )
Na foto, tirada no Bosque em julho de 1981, está um grupo de pioneiros de Londrina – alguns deles lendários. Da esquerda para a direita: Haruo Ohara e Luiz Juliani (fotógrafos); o sanfoneiro Fioravante Pomin; George Craig Smith, da Companhia de Terras Norte do Paraná; o colecionador de moedas e selos Mario Kikuchi e o engenheiro Gunnar Fritioff Knutson, que trabalhou na construção da estrada de Ferro São Paulo-Paraná. No canto, a velha câmera fotográfica de Luiz Juliani. O registro faz parte da coletânea "Londrina Documenta: Coleção Fotográfica de George Craig Smith", organizada pela UEL e pelo Museu Histórico.
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